Após dois anos de dificuldades com a crise econômica causada pela pandemia da covid-19, os empreendedores do país começam 2022 com incertezas. Em um ano de eleições presidenciais, com perspectivas de desaceleração na economia em meio à instabilidade política, os impactos negativos aos donos de negócios podem ser grandes. Mas muitos arregaçam as mangas em busca do sucesso.
“No primeiro período da pandemia, o impacto foi muito forte para aqueles que dependiam de atividades presenciais. Houve uma certa demora para que medidas de auxílio fossem estruturadas, sobretudo o acesso a linhas especiais de crédito”, explica o gerente de Atendimento Personalizado do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Distrito Federal, Ricardo Gomes. A alta nas taxas de juros e o menor poder aquisitivo devido à inflação criaram um quadro adverso para esses negócios, explica o especialista. “É fundamental que os governos voltem a pensar em novas medidas de socorro”, apela.
Gomes esclarece que, com a diminuição das restrições sanitárias, as micro e pequenas empresas voltaram a contratar e o segmento gerou mais emprego do que fechou. Um levantamento do Sebrae aponta que, entre julho de 2020 e julho de 2021, os pequenos negócios criaram 2.094.812 vagas com carteira assinada, o que representa 71,8% dos postos abertos no país durante esse período. Dados que são comemorados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
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